Como e por que fazer o automonitoramento da glicose?

Monitorar os níveis de açúcar no sangue constantemente é essencial para controlar o diabetes e acompanhar o tratamento de perto. O automonitoramento revela seu perfil glicêmico ao longo do dia e permite que você tome decisões que vão te ajudar a manter a glicose dentro de uma faixa segura, evitando flutuações e consequentemente complicações decorrentes de hipoglicemia ou hiperglicemia. 

Essas complicações, ao longo do tempo, podem aumentar as chances de infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença renal crônica, problemas de visão e em alguns casos amputação de membros. Vale reforçar que essas complicações podem ser evitadas se a glicose ficar a maior parte do tempo (pelo menos 70%) dentro da faixa alvo estabelecida pelo seu médico e que varia entre 70mg/dl e 180mg/dl¹.

Além disso, quando o automonitoramento é feito diariamente, o médico consegue avaliar como o organismo do paciente está reagindo ao tratamento prescrito, possibilitando ajustes importantes caso sejam necessários.

É importante ressaltar que existe uma maneira correta de fazer o monitoramento da glicose, pois quando realizada de forma inadequada pode levar a resultados e, consequentemente, decisões erradas, o que pode oferecer riscos à saúde. Por esse motivo, é importante conhecer as ferramentas para monitorar a glicose no dia a dia e entender como cada uma funciona. 

Possuem duas formas principais de medir os níveis de açúcar no sangue: o teste de glicemia capilar e o monitoramento contínuo da glicose por meio do sensor. 

Na glicemia capilar, também conhecida como ponta de dedo, é importante dizer que a glicemia está relacionada ao sangue e que a palavra capilar se refere ao vaso sanguíneo minúsculo com espessura parecida com a de um fio de cabelo. Esse teste é feito da seguinte forma: uma pequena picada no dedo é feita para obter uma gota de sangue que é colocada em uma tira de teste conectada a um medidor portátil. O resultado é revelado em alguns segundos.¹

Apesar de simples, para algumas pessoas com diabetes a adesão a esse tipo de monitorização acaba sendo mais difícil por ser um processo que pode causar incômodo e dor. Alguns também deixam de fazer o teste quando não estão em casa por considerarem muita exposição ou complexidade dependendo da rotina de trabalho, por exemplo. 

A Sociedade Brasileira de Diabetes¹ recomenda que pessoas com o diabetes tipo 1 devem fazer o automonitoramento da glicose em jejum, antes das principais refeições e 2 horas depois. No caso das gestantes, é importante também fazer essa verificação 1 hora depois da refeição. 

Para as pessoas com diabetes tipo 2, que fazem uso de insulina, a recomendação é medir a glicose pelo menos três vezes ao dia¹. No caso de quem faz tratamento apenas com medicação oral isso varia de acordo com a necessidade e orientação médica. 

O resultado da glicemia capilar é uma espécie de fotografia dos níveis de glicose no sangue. Isso porque esse método consegue revelar a concentração de açúcar no momento, mas não informa o que aconteceu com a sua glicemia no intervalo entre uma medição e outra. Portanto, se a pessoa teve um pico de glicose elevada ou até um nível muito baixo sem sintomas, não é possível saber.

Além disso, alguns fatores também podem interferir no resultado, como por exemplo: mão suja com alimento, cremes e maquiagens, tiras reagentes vencidas, problemas com pilhas ou baterias. Em caso de dúvida é importante refazer o teste. E para que o médico ter acesso aos resultados de ponta de dedo é necessário fazer anotações em um caderno e mostrar para ele no dia da consulta. 

Já o monitoramento contínuo da glicose por sensor é diferente pois oferece um filme completo do nível de açúcar no sangue. É possível enxergar o passado, o presente e prever o futuro dos níveis de glicose, através das setas de tendência. O sensor aplicado na pele mede continuamente a glicose no líquido intersticial, desta forma consegue apresentar um panorama mais fiel do perfil glicêmico².

Não existe limite de verificação, o processo é indolor³, discreto e prático, podendo ser realizado em qualquer lugar. Isso ajuda na adesão e até alivia a rotina de pais e crianças quando estão na escola ou dormindo. 

Todos os dados registrados pelo sensor ficam armazenados² e podem ser acessados pelo médico ou outro profissional de saúde que faz o acompanhamento por meio da plataforma FreeStyle LibreView⁴, desta forma as anotações dos resultados não são mais necessárias⁵.

O sensor FreeStyle Libre também permite identificar com mais clareza e precisão os principais fatores que podem influenciar na flutuação da glicose, como:  tipo de alimento consumido e os impactos no controle do diabetes ou até a forma como seu corpo reage a prática de um determinado exercício físico, auxiliando no ajuste do tratamento e na adoção de hábitos mais saudáveis. 

Além dessas vantagens, oferece resultados confiáveis⁶, gráficos e as setas de tendência que ajudam na jornada com o diabetes, oferecendo mais qualidade de vida, adesão ao tratamento e mais controle da glicose, reduzindo os riscos de complicações no futuro. 

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